Três instintos básicos dirigem a conduta das pessoas: o de conservação,
que ajuda a manter a vida; o social, que facilita o relacionamento com
outros seres, e o sexual, que assegura a preservação da espécie. Os dois
primeiros são aceitos com unanimidade por todos os Grupos sociais como
necessidades vitais. Sobre o terceiro pairam dúvidas. E dúvidas que geram
medo. E esses medos trazem repressão. Em síntese, é esse então o fio condutor
da influência social sobre a vida sexual das pessoas.
São enormes as diferenças de percepção da sexualidade entre os muitos
clãs, tribos, sociedades e nações que hoje constituem o planeta. Contudo, salvo
poucos grupos que vivem quase totalmente isolados nas selvas amazônicas ou
de Papua Nova Guiné, o comportamento sexual humano encontra-se sob os
desígnios dogmáticos da moral religiosa ou sofre sua influência. Mais além do
instinto natural transmitido geneticamente, a influência do contexto acaba
modificando, desviando essas normas naturais a fim de reprimi-las. E é a moral
que infunde regras sustentadas pelo medo, pelo conservadorismo e pelos
castigos; ela penetra na mente e desenvolve dezenas de barreiras, desde o início
da vida até a maturidade.
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